Quem está acompanhando agora essa nova polêmica na internet, sobre a MC Melody, uma menina de 8 anos que, segundo as polêmicas, sofre preconceito por dançar funk? Digo isso por que tanto quem defende e quem critica tratam a questão como se o problema fosse ela dançar funk ou não. São preconceituosos os que acham "errado", e caem no joguinho de abstração da realidade quem acha "certo". Eu como artista, morador de periferia, acompanho um fato horrível que só fui entendendo ao longo da minha vida na arte e no mundo: Artista não é compreendido como trabalhador e por isso mesmo, a maioria se encontra em estado precário de produção. Sem garantias e direitos, estamos entregues ao fetiche da forma mercadoria. Ou seja, nos comportando como mercadorias ou nos assemelhando a ao estado de coisas. Para medir o sucesso, mede-se mais o que se adquire com o dinheiro e fama do que a própria realidade que continua excludente. Dito isso, eu sou totalmente contrário ao trabalho infantil na arte, criança não pode e não deve ser exposta a nenhuma condição de trabalho em nenhum seguimento.
Hoje temos crianças trabalhando em desfiles de moda, em programas de auditório, novelas etc. A justificativa é sempre a mais abstrata o possível, refletindo que elas se divertem e tratando a arte como brincadeira; é também, mas não somente isso quando ela se torna um veículo de venda e de propaganda mercadológica, seja de outros produtos ou dela mesma. Um programa de auditório vende propaganda o tempo todo, dentro do próprio programa e nos comercias. Um desfile de moda, vende produtos e uma idéia ,de tendencias, inclusive para roupas infantis. Um show, uma novela, uma peça de teatro são resultantes de muito trabalho anterior e quando são realizados utilizam também o trabalho de músicos, atores e atrizes e de crianças. O resultado desses trabalhos são chamados no mundo de hoje de produtos. estes produtos geram outros produtos que são vendidos como ingressos, CD's, DVD's, Roupas, ou servem para divulgar marcas e também estabelecer tendencias. A arte, do mesmo jeito que pode contribuir para a formação crítica ou de identidade de um povo, também pode contribuir para o avanço de ideologias opressoras.
No caso do Funk, vou ser muito sincero: Acorda galera! Assim como em qualquer seguimento musical, no funk existe gente tosca, existe gente que só olha pro próprio umbigo e avança numa série de preconceitos. No sertanejo, MPB, rock e em vários outros seguimentos tem gente machista pra caralho. Se utilizam da liberdade de expressão e de símbolos da arte para esconder sua covardia. Desta forma, tenho que fazer a crítica ao que é praticado na periferia também, e não perdoo nem minha família. Toda defesa ao funk e a cultura que vem das periferias, é necessário auto-critica e uma reflexão sobre nossa realidade que não é de ostentação, pelo contrário, é de muita opressão e de gente se espelhando na felicidade e na realização do próprio opressor e assim, começando a se comportar como ele.
A questão da MC Melody, criança de oito anos, dançando para um bando de marmanjo em shows noturnos e ao som de letras e falas que dizem "Essa é novinha mesmo", "Quem tá gostando da novinha ai faz barulho" só explicitam o que significa o "novinha" pra muito cara que tem fetiche por crianças e adolescentes. Sim, esses caras quando dizem, "olha a novinha", dizem isso como forma de fetiche machista e opressor comparando o corpo da mulher o corpo de uma criança ou adolescente e o que é isso? PEDOFILIA". Desculpa ai mais uma coisa é a sexualidade no funk e na arte em geral, se for escolha de adultos, eu tenho cuidado para criticar, por mais que eu ache isso um mero fetiche construído pela industria pornográfica. Outra coisa é esse papo de novinha que é papo de pedofilia, e nesse caso do Melody, escancarado! Aqui na periferia somos oprimidos pra caralho o tempo todo, ser sinceros em nossas próprias expressões culturais também é necessário, pois a arte, seja o funk, seja o rap, seja a cultura popular podem formar opinião, estilos e comportamentos e, podem discriminar muita opressão. É o resultado do que a mídia forma, do que já foi reproduzido. A mesma mídia conservadora que se coloca do lado das elites, isso ao menos deveriam soar estranho. A cada dia se aprofunda mais o que é formado por uma indústria cultural opressora, e menos o que realmente é praticado é vivido nas periferias.
Hoje temos crianças trabalhando em desfiles de moda, em programas de auditório, novelas etc. A justificativa é sempre a mais abstrata o possível, refletindo que elas se divertem e tratando a arte como brincadeira; é também, mas não somente isso quando ela se torna um veículo de venda e de propaganda mercadológica, seja de outros produtos ou dela mesma. Um programa de auditório vende propaganda o tempo todo, dentro do próprio programa e nos comercias. Um desfile de moda, vende produtos e uma idéia ,de tendencias, inclusive para roupas infantis. Um show, uma novela, uma peça de teatro são resultantes de muito trabalho anterior e quando são realizados utilizam também o trabalho de músicos, atores e atrizes e de crianças. O resultado desses trabalhos são chamados no mundo de hoje de produtos. estes produtos geram outros produtos que são vendidos como ingressos, CD's, DVD's, Roupas, ou servem para divulgar marcas e também estabelecer tendencias. A arte, do mesmo jeito que pode contribuir para a formação crítica ou de identidade de um povo, também pode contribuir para o avanço de ideologias opressoras.
No caso do Funk, vou ser muito sincero: Acorda galera! Assim como em qualquer seguimento musical, no funk existe gente tosca, existe gente que só olha pro próprio umbigo e avança numa série de preconceitos. No sertanejo, MPB, rock e em vários outros seguimentos tem gente machista pra caralho. Se utilizam da liberdade de expressão e de símbolos da arte para esconder sua covardia. Desta forma, tenho que fazer a crítica ao que é praticado na periferia também, e não perdoo nem minha família. Toda defesa ao funk e a cultura que vem das periferias, é necessário auto-critica e uma reflexão sobre nossa realidade que não é de ostentação, pelo contrário, é de muita opressão e de gente se espelhando na felicidade e na realização do próprio opressor e assim, começando a se comportar como ele.
A questão da MC Melody, criança de oito anos, dançando para um bando de marmanjo em shows noturnos e ao som de letras e falas que dizem "Essa é novinha mesmo", "Quem tá gostando da novinha ai faz barulho" só explicitam o que significa o "novinha" pra muito cara que tem fetiche por crianças e adolescentes. Sim, esses caras quando dizem, "olha a novinha", dizem isso como forma de fetiche machista e opressor comparando o corpo da mulher o corpo de uma criança ou adolescente e o que é isso? PEDOFILIA". Desculpa ai mais uma coisa é a sexualidade no funk e na arte em geral, se for escolha de adultos, eu tenho cuidado para criticar, por mais que eu ache isso um mero fetiche construído pela industria pornográfica. Outra coisa é esse papo de novinha que é papo de pedofilia, e nesse caso do Melody, escancarado! Aqui na periferia somos oprimidos pra caralho o tempo todo, ser sinceros em nossas próprias expressões culturais também é necessário, pois a arte, seja o funk, seja o rap, seja a cultura popular podem formar opinião, estilos e comportamentos e, podem discriminar muita opressão. É o resultado do que a mídia forma, do que já foi reproduzido. A mesma mídia conservadora que se coloca do lado das elites, isso ao menos deveriam soar estranho. A cada dia se aprofunda mais o que é formado por uma indústria cultural opressora, e menos o que realmente é praticado é vivido nas periferias.
Comentários
Postar um comentário