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Mostrando postagens de julho, 2014

Plebiscito Popular em Contagem

Discussão sobre plebiscito popular e reforma politica hoje na praça pública em Contagem. Fui nessa quinta na Praça do Riacho, achei a iniciativa de iniciar com um filme do Mazzaropi foi muito feliz e de alguma forma as discussões em torno desse tema parecem apontar para a necessidade de participação real da população nas decisões politicas do país. No entanto,  fica sempre aquele medo do debate ser esvaziado por uma realidade de traições históricas. Lutar por mais uma reforma? Não que ela seja uma coisa desimportante, na realidade é muito importante, mas sem um recorte de classes reformaremos um sistema politico para garantir a participação do povo nas decisões da elite de sempre. Nesse sistema manda quem tem grana, quem tem os meios de produção. O que me agradou da turma é que realmente há uma necessidade gritante de conscientização politica no Brasil e neste sentido não acredito que o plebiscito popular sirva para medir níveis de consciência, talvez sirva para mobilizar e construir

Poeminhas sujos

Poesia que pulsa nas mãos do poeta é punheta ....... No papel higiênico a poesia se desfez liquida ....... Depois da festa dormiu na cozinha acordou no banheiro lambendo latrina ....... Gripado na cama ela me ama na febre matinal pede sexo oral e entre os orgasmos e o catarro que escorria eu realizado e apaixonado lambia ....... Poesia de CU é papel higiêniCU

Mãos que sonham

E se das minhas mãos soltassem palavras de tudo eu não pude ter na vida? Se das minhas mãos surgissem pinturas da terra que nunca encontrei em nenhum mapa? Se das minhas mãos que sempre estiveram prontas para dar carinho saíssem violentas impressões e se fechassem gerando abandono? Escorrem em minhas mãos milhares de oportunidades chaves  e vontades esfregam-se saudades. Vez ou outra elas se batem na espera de que portas se abram por finais anunciados em um espetáculo qualquer da vida.   Se dessas mãos saíssem molduras, formas, esculturas ou partituras... Se delas não saíssem apenas a pele que se esfola nos dias no dinheiros que antes mesmo de ter corre e escorre nos dedos sem ver Se essas mãos fossem livres de obrigações pudessem escolher no que tocar tocaria no infinito de um suspiro apaixonado usando lavas  esperando no ócio pelo momento exato de sentir a pele da pessoa amada e desejada.

GAZA POÉTICA

Poemas de Mahmoud Darwish (Palestina) BILHETE DE IDENTIDADE Toma nota! Sou árabe O número do meu bilhete de identidade: cinquenta mil Número de filhos: oito E o nono… chegará depois do verão! Será que ficas irritado? Toma nota! Sou árabe Trabalho numa pedreira com os meus companheiros de fadiga E tenho oito filhos O seu pedaço de pão As suas roupas, os seus cadernos Arranco-os dos rochedos… E não venho mendigar à tua porta Nem me encolho no átrio do teu palácio. Será que ficas irritado? Toma nota! Sou árabe Sou o meu nome próprio – sem apelido Infinitamente paciente num país onde todos Vivem sobre as brasas da raiva. As minhas raízes… Foram lançadas antes do nascimento do tempo Antes da efusão do que é duradouro Antes do cipreste e da oliveira Antes da eclosão da erva O meu pai… é de uma família de lavradores Nada tem a ver com as pessoas notáveis O meu avô era camponês – um ser Sem valor – nem ascendência. A minha casa, uma cabana de guarda Fe

A VIDA DOS OUTROS

Esse texto é a expressão do nosso compromisso ético com a arte que é de ordem social, de resistência e de luta pelo direito a cultura e a cidade. sem citar nomes de autores de boatos proferidos, serve para refletir sobre a real situação da cidade de Contagem culturalmente e socialmente. Agora deram pra fazer boatos com meu nome e os de meus companheiros da cultura independente de Contagem.  Vejam só a lista de acusações das quais me declaro orgulhosamente CULPADO!  - "Querem criar uma lei que legalize o sexo nas ruas e uso de drogas pesadas, tipo maconha". A pessoa deve ter me ouvido recitar "VAMOS DANÇAR TUDO NU",  clássico  da pornochanchada cantada no filme Cabaré  Mineiro   e provavelmente eu estava usando alguma blusa do legalize. A pessoa deve ser muito infeliz de saber que o Cine Teatro de Contagem leva o nome de Tony Vieira que se consagrou na boca do lixo. Vai ver é por isso que o único teatro da nossa cidade está fechado e caindo aos pedaços. Moralis

Sua

Poesia é quando a gente diz o que pensa com sentimento Sentimento bom quando é poesia, te recita, te completa, mesmo que a poesia não seja sua!

(A)ponte

O viaduto ficou pronto, está lindo. Apesar de não servir muito à população, é mais uma bela paisagem de concreto no meio da grande cidade. Ninguém nem se lembra do rosto do seu Zé suado correndo para construí-lo, fazendo hora besta antes da copa. Mas até ele, o seu Zé, que tem seu suor no cimento da obra, fica orgulhoso ao ver pronto o fabuloso viaduto, para receber um grande evento na cidade. - É  UM LEGADO DA COPA, dirão os governistas e os oportunistas passando de carro por cima da miséria que terá abrigo nas sombras da ponte. Ou não. A população de rua também entra no plano de remoção da FIFA. Seria tudo isso se não fosse tudo mentira. O viaduto caiu e não tem nada haver com a copa, nem com o governo, nem com a FIFA. Nunca será um legado da copa. No entanto, um culpado tem que aparecer. Será a culpa do seu Zé que deixou suor cair no concreto e fez desandar a mistura da argamassa? Será de Deus que não teve piedade da ponte? Será minha que escrevi esse texto, por ser mais fácil falar