No dia em que o morro descer e não for carnaval, no dia em que o morro descer e não for para o trabalho, e não for para se submeter a qualquer lógica construída de cima pra baixo, muita gente, muitos movimentos, instituições, organizações politicas serão pegos de surpresa sem entender nada. São tempos difíceis, tempos em que se esquece o trabalho de base em detrimento da disputa de estruturas. A periferia continua abandonada. Parece que só a igreja faz trabalho de base e a serviço de que? De exércitos? De quem? Cada dia fico mais cansado de ir até os movimentos, de sempre levar a discussão e a questão da ausência da organização de esquerda na periferia. O lance é construir daqui mesmo, com os daqui e de outras quebradas, e quando descer ninguém vai entender. Assim como já não entendem hoje, quando revindico ou quando qualquer um da periferia revindica a militância nas comunidades. Sempre tem outras prioridades e quase sempre são as mesmas a muito tempo. Mas o tempo é outro
Lançado em 17 de julho de 2015, na periferia de Contagem (MG). "Colorido só por fora: contos periféricos" reúne doze contos que narram o cotidiano da periferia mineira. Com uma proposta de obra interativa, a capa do livro pode ser colorida pelo leitor. Cada capa pode ser única, diferente e compartilhada no blog ou no facebook do autor. AUTOR: Jessé Duarte REVISÃO: Fabiola Munhoz ILUSTRAÇÃO: Rodrigo Marques PROJETO GRÁFICO: Gilmar Campos ORIENTAÇÃO: Filipe Fernandes EDITOR: Marcelo Dias Costa CLIQUE AQUI PARA COMPRAR ******* APRESENTAÇÃO Por Daniela Graciere Atriz, artista visual e pesquisadora cultural de Contagem (MG). Um sentimento paradoxal me vem ao ler “Colorido-só-por- fora”. A beleza das palavras sobre algo triste da periferia, que por muitas vezes, não passa de ser a simples realidade encontrada sob uma ótica de um ator marginal. Alguns podem achar fatalista, no entanto, a fatalidade está escancarada na realidade que é pintada por...
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