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Mostrando postagens de junho, 2014

Paciência

Tenho aprendido a ter paciência, mas ela, a minha paciência, só é alimentada para quem merece te-la. Aos que acredito, entrego-me por inteiro. Aos que usam disso para fazer-nos sempre paralisados pela esperança, sou o avesso por inteiro e anseio a cada segundo por uma revolução. Isso também requer paciência!(?).

O direito à cultura e a propriedade intelectual

Fico espantado ao ver tanto argumento e preocupação com uma lei com raízes na Europa do século XVIII e que ainda respeitamos: A lei de direitos autorais que especificamente, em 1710 foi estabelecida com o estatuído da Rainha Ana na Inglaterra. Pessoas se movem na ilusão de que serão remuneradas pela sua propriedade intelectual, mas não questionam no mesmo nível "intelectual" as obrigações que o estado omisso deveria ter com a c ultura enquanto direito de todos! Cultura é direito e não mercadoria. Enquanto muitos continuarem preocupados com seus egos e interesses individuais, milhões continuam sem acesso por não terem como pagar pelos direitos autorais. Enquanto é o estado é que deveria arcar com isso e garantir condições para o artista, sendo que este cumpre uma função social. Mas muita gente discorda, só que recebendo isenções e benefícios para suas produções muto distantes do povo.

Rasgado

(Inspirado pela leitura de Rasga Coração, de Vianinha). Das tantas formas de amar, vivo no que me confunde. Entre saber o que faço  e como não ser covarde a ponto de encarar situações geradas por meus erros. assim amo muitas vezes sem retribuir e por falta de condições sigo errante, calado! Em outra forma, me entrego, completamente, ao que me toca, seja uma luta, um mulher, um amigo qualquer, uma causa pequena ou grande. Sempre fui inteiro e as vezes me despedaço em sentimentos incompromissíveis!

Salão de beleza cansa a beleza!

Salão de beleza cansa a beleza da gente, só papo escroto, pelo menos hoje. O Cabeleireiro que fala que as mulheres estão se produzindo para dar pro gringo na copa, a mulher que fala que a vizinha dela faz isso mesmo, a outra fala que quem faz isso é prostituta, e porque quer, sendo que na UFMG onde ela estuda, tem vaga sobrando para quem quer ganhar a vida com dureza. A outra que comenta comigo: Pensei que você era gay, e segue, ainda bem que não é né, porque essa gente é muita estranha, não respeita as regras de Deus! Ta com queda de cabelo em?! diz o cabeleireiro avaliando minha situação. Mas também, não a cabelo que não caia nesse lugar, eu respondo! Vai querer o que? Ele diz. Algo nem curto e nem longo, nem cheio e nem raso, nem sério nem largado! Apara as pontas, tira uns três dedos e repica e vamos vê no que dá! eu respondo. Todos riem e continuam falando da vida alheia. Um pouco depois o telefone da vizinha que disse que as pessoas não querem ganhar a vida com dureza atende o t

Não sou da paz!

Não venham me marginalizar mais do que já sou. Sempre estive a margem de tudo nessa porra de cidade, nessa porra de estado, nessa porra de país colonizado. Não me venham querer calar o grito que vibra em meu peito com os atos contra a copa, com a resistência de jovens que não tendo como resistir ao aparato repressivo do estado (que custou milhões do nosso dinheiro público), quebram e destroem os símbolos de poder daqueles que mantém  ou regulamentam leis que nos oprimem. Sim, eles erram, as vezes quebram coisas desnecessárias. E você? Você é tão correto assim? Não destrói nada, não olha para bunda da mulher que passa ao seu lado num ato de machismo disfarçado? Não destrói a natureza, não vira a cara para o mendigo? Nunca concordou com um comentário sensacionalista de um jornalista que grita justiça pelas próprias mãos contra os "bandidos" sempre pobre, negros e negras? Você também na certa não é racista? Mas discorda de cotas! Não é homofóbico, mas não suporta um casal do mes

Identidade

Sou brasileiro o numero de minha identidade é 14 milhões e sou filho de pais que nunca pisaram neste estádios de futebol. Cresci vivi (r)existi e (r)existo vendo meus amigos perderem-se no trafico pela violência policial pelo descaso governamental. Os barulhos de balas sempre foram uma confusão na minha cabeça que pesa! Não seriam foguetórios? Resvalasse não, sempre o contrario minutos depois pelo corpo estendido no chão. Quando grito ousam dizer: sem violência! Quando me calo dizem ser pura conveniência. Melhor seria desaprender os princípios da minha paciência!

NÃO VAI TER COPA - Pense!

É certo: ganho o meu pão ainda, Mas acreditai-me: é pura casualidade. Nada do que faço justifica que eu possa comer até fartar-me. Por enquanto as coisas me correm bem (se a sorte me abandonar estou perdido). E dizem-me: "Bebe, come! Alegra-te, pois tens o quê!" Mas como posso comer e beber, se ao faminto arrebato o que como, se o copo de água falta ao sedento? E todavia continuo comendo e bebendo. (Brecht) Então, a copa vai começar. Para mim, não vai ter copa. Não vai ter copa porque simplesmente é impossível ter alguma coisa, sem te-la realmente, sem poder toca-la, sem poder senti-la, sem poder ter a liberdade para  usufruir  do que se tem. Então vai ter copa? Vai; Só que, para as grandes empresas, para o bancos, para o governo e as suas politicagens em torno disso. Esses conseguem pegar, sentir, controlar e  usufruir  da copa. Nós temos o quê? Vai ter o quê para nós?  NÃO VAI TER COPA. Vai ter é uns jogos transmitidos na televisão, uma sensação de ter alguma coisa que n