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PREVISÃO DE ORÇAMENTO CULTURAL EM CONTAGEM NÃO SAI DE 0%

O que achei pior foi que o orçamento cultural para 2017 foi aprovado inclusive com voto do atual vice-prefeito, Wlliam Barreiro (PSB), que era vereador na época, de aliados que hoje são secretários de governo, incluindo o próprio presidente da Fundação de Cultura, Paulo Prado (PV). Isso deveria ser mais refletido.

Protesto do "Fórum Popular de Cultura" contra o abandono do Cine Teatro Municipal Tony Vieira. Há sete anos fechado, o local não teve nem a placa trocada. Por lei, o nome deve homenagear o cineasta de Contagem, Tony Vieira.

Em Contagem (MG), o orçamento previsto para cultura em 2017 é de apenas 0,13% da receita municipal. Menos do que meio por cento, não chega a 0,2%. Uma vergonha para uma cidade que se encontra entre as trinta mais ricas do Brasil. O orçamento está previsto na PL 024/2016. Aprovada por unanimidade na câmara dos vereadores, a lei estima as receitas e fixa as despesas do orçamento – contempla as alterações promovidas na revisão do Plano Plurianual e a receita projetada na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias),

Isso significa que a prefeitura e os vereadores preveem R$ 2.440.400 (dois milhões e quatrocentos e quarenta mil e quatrocentos reais) para cuidar do nosso enorme patrimônio cultural abandonado: cinema e teatros fechados a mais de sete anos, biblioteca municipal jogada às traças, galeria de arte que funciona com administração burocrática, cursos de capacitação artística, incentivo e apoio a projetos locais etc. 

Tudo indica que a gestão cultural continuará adotando a ótima de eventos, aquela que passa a impressão de que algo está sendo feito. Uma vez que,  estruturalmente não há recursos para programas visando a continuidade, preservação e formação cultural, é quase que automático que se estabeleçam medidas pontuais que se configuram como eventos.

Comentários

  1. Explique, por gentileza, o que voce quer dizer com "galeria de arte que funciona com administradação burocrática". Obrigado

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  2. Respostas
    1. Oi Fernando, considero assim como muitas pessoas que a Casa Amarela é um espaço que divide os espaço de exposição com o da administração que cuida de questões burocráticas. Entenda-se administração burocrática os tramites internos de um órgão público que deveriam ter uma sede administrativa separada de um local de exposição artística. Infelizmente no ultimo governo a sede administrativa da fundação não foi viabilizada.Sem orçamento continuará difícil pensar nessa organização.

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