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A VIDA DOS OUTROS

Esse texto é a expressão do nosso compromisso ético com a arte que é de ordem social, de resistência e de luta pelo direito a cultura e a cidade. sem citar nomes de autores de boatos proferidos, serve para refletir sobre a real situação da cidade de Contagem culturalmente e socialmente.

Agora deram pra fazer boatos com meu nome e os de meus companheiros da cultura independente de Contagem. 

Vejam só a lista de acusações das quais me declaro orgulhosamente CULPADO! 

- "Querem criar uma lei que legalize o sexo nas ruas e uso de drogas pesadas, tipo maconha". A pessoa deve ter me ouvido recitar "VAMOS DANÇAR TUDO NU", clássico da pornochanchada cantada no filme Cabaré Mineiro  e provavelmente eu estava usando alguma blusa do legalize. A pessoa deve ser muito infeliz de saber que o Cine Teatro de Contagem leva o nome de Tony Vieira que se consagrou na boca do lixo. Vai ver é por isso que o único teatro da nossa cidade está fechado e caindo aos pedaços. Moralismo e  conservadorismo.

- "O movimento cultural de Contagem só tem drogados e viciados". Tem que ser né! Para suportar uma realidade de extremo descaso nessa cidade e mesmo assim desenvolver uma forte referencia cultural inclusive a nível nacional sem nenhum apoio... Vai ver estamos sobre efeito de alguma droga pesada: POESIA E RESISTÊNCIA drogas que podem tornar as pessoas perigosamente mais humanas.

- "Marcelo Dias Costa foi questionar e falar de pessoas que estão no poder e agora está exilado, bem feito kkkkkkkkkkkkkk". Marcelo está mais presente do que pensam, rir de uma situação de perseguição a um jornalista e ativista politico e social nos dias de hoje, em um país que ainda sofre com marcas da ditadura militar, só revela a ignorância de quem falou isso. 

- "O Fórum Popular de Cultural recebeu 100 mil da prefeitura no fundo de cultura". hahahahaahahahahahahahaahaha essa é de rir mesmo, o Fundo de Cultura de Contagem é tão raso quanto a mentalidade do(a) ignorante que disse isso e que na Conferencia de Cultura que durou apenas 4 horas se posicionou contra esse movimento que revindicava 2% do orçamento municipal para cultura. O valor máximo de um projeto no Fundo de Contagem não pode ultrapassar 20 mil e estamos falando de umas das cidades mais ricas do Brasil! O projeto aprovado no Fundo de Cultura de Contagem foi o de circulação de espetáculos da Cia. Crônica de Teatro nas periferias no valor de 17.500,00 para isso. Pouco mais do que o salário da incompetente gestora de cultura de nossa cidade que ganha 15.000,00 por mês sem ter sequer formação ou competência para isso, assim como grande parte dos nomeados da Fundação de Cultura. Bom, como se vê fomos contemplados no raso fundo de cultura pela excelência de nosso trabalho e não porque nos calamos não é mesmo!? Porque fazer a gente sempre fez independente das migalhas. 

- "O movimento cultural de Contagem apoia casais de gays e lésbicas e inclusive tem muita gente assim no meio deles". Para o fascismo dessa pessoa se evidenciar ainda mais só faltou ela citar que também somos negros, índios que respeitamos a culturas africanas e que não somos contra a nenhuma forma de expressão religiosa. Que bom que temos gays e lésbicas entre nós e que os respeitamos. Continuaremos respeitando e deve ser por isso que estão entre nós e não entre os que ficam se rebaixando pelas migalhas e pela politica de medo dessa cidade sem fazer nada para mudar essa realidade.

- "Algumas pessoas do movimento tem o sobre nome de Stalin". A pessoa na sua ignorância apoia a gestão de um partido Stalinista e fala que tem gente no movimento seguindo Stalin porque um sobre nome soa parecido. Além de ignorante, não sabe ler, não sabe de história, não sabe como se escreve o nome do ditador Russo JOSEF STALIN, apoiando a politica de dirigismo na arte em seu argumento. A politica de dirigismo e perseguição á artistas pelo governo de Stalin na Russia levou a uma onde de suicido. Aprendemos com a história e isso eles não vão conseguir novamente!

Independência e liberdade representam um valor real. Por isso é necessário defendê-las com a espada, ou pelo menos com um chicote na mão. Toda tendência artística nova começou com um “escândalo”, quebrando a louça velha e respeitável, e desafiando muitas autoridades estabelecidas. Isto não acontecia só para fins de publicidade (que também contavam). O fundamental é que artistas e críticos literários tinham algo a dizer. Eles tinham amigos e inimigos, eles lutaram e assim demonstraram seu direito de existir.

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