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MANOBRAS PARA VOLTAR COM O IPTU DE CONTAGEM: NOVA VOTAÇÃO SERÁ TERÇA

Vereadores farão mais uma sessão, terça-feira 27 de dezembro às 09H00. para derrubar o veto da lei e impor o retorno da cobrança de IPTU residencial.

Os vereadores tentaram concretizar a ultima manobra para retornar com o IPTU nesta quinta, 22 de dezembro, em uma sessão convocada às pressas para pegar a população de surpresa, mesmo assim, foram surpreendidos pelos protestos e adiaram mais uma vez a sessão para terça-feira, (27 de dezembro às 09H00).

A reunião desta terça mostrou como as manobras apontadas no texto abaixo (que publiquei anteriormente) se confirmam. William Barreiro, vice-prefeito eleito junto a Alex de Freitas, faltou a sessão, pois desta vez seu voto nem seria necessário como aconteceu inicialmente, quando o projeto foi aprovado. A novidade foi o papel do vereador Obelino do PT em ajudar na manobra, o vereador chegou a chamar uma conversa  a parte na frente de todos os presentes, parando a sessão para fazerem algum acordo. Como não tiveram essa conversa de forma aberta, no microfone, não foi possível ouvir o combinado. logo depois o próprio Obelino se dirigiu ao microfone com um discurso de enrolação, pautado por uma determinação do ministério público sobre o IPTU e não pelo seu compromisso com os interesses populares. Após isso isso os vereadores fizeram mais um bolinho para cochichar, demonstrando o baixo nível da política exercitada em nossa cidade e foi anunciado o chamamento para a nova sessão na terça-feira.

Convido todas e todos a lerem o texto abaixo, uma reflexão sobre as manobras que, vereadores, Alex de Freitas e Carlin Moura fazem para se beneficiarem desta situação. 

A ultima manobra para voltar com o IPTU de Contagem

Estamos acompanhando o joguinho de empurra empurra, lóbi e manipulação do interesse público, com relação ao IPTU de Contagem. Os vereadores, o atual prefeito Carlin Moura (PC do B) e novo prefeito eleito, Alex de Freitas (PSDB), estão subestimando a nossa capacidade de entendimento para impor mais um duro golpe aos nossos direitos conquistados historicamente.

Leia também: Cinco motivos para não concordar com a volta do IPTU em Contagem.

Alex não quer se comprometer com essa aprovação e por isso é fundamental que o IPTU seja implementado ainda este ano. Esse interesse fica perceptível se observarmos como se comporta seus aliados e o seu vice, William Barreiro, que ainda cumpre mandato de vereador. Durante as campanhas eleitorais William e Alex assinaram um documento e registraram em cartório, comprometendo-se em não voltar com a cobrança do IPTU, caso fossem eleitos. No entanto, William, não só votou a favor para o imposto retornar, como também assinou o projeto apresentado coletivamente por 16 vereadores. Outro detalhe é que a maioria dos votos vieram de vereadores de partidos aliados aos Alex.


Por outro lado, Carlin também não pode se comprometer, pois já saiu derrotadissimo nestas eleições e pode ficar marcado com essa derrota. Isso não seria nada bom para futuras campanhas, para deputado, senador etc. A jogada então é ajudar na aprovação do projeto para depois vetar, na esperança de sair conhecido como aquele que vetou a lei que propunha retornar com o IPTU e, não mais, como um dos piores prefeitos que essa cidade já teve, com uma das maiores rejeições nas urnas. E foi isso que aconteceu. A câmara aprovou o retorno do IPTU com a maioria de votos de aliados ao Alex e mais 6 votos de aliados ao Carlin para dar uma ajudinha, incluindo de vereadores do próprio PC do B e do PT. Após isso, Carlin vetou a lei, fez um vídeo imediatamente se vangloriando, imagens com frases de impacto bem populistas e agora, está nas redes sociais com uma campanha tentando transferir a memória de sua derrota e de sua péssima gestão, para a de defensor dos interesses do povo.Afinal, o PSDB e aliados de Alex, passaram 4 anos votando a favor de tudo que Carlin mandava para a câmara, é hora de pagar o que resta aos favores prestados para garantir mais acordos futuros.

Claro, nesta altura do ano, o veto não significa muita coisa, pois a câmara pode derrubar o veto em outra votação de maioria simples de votos, o que só a ala ligada ao Alex pode garantir desta vez. Não precisa nem do voto de seu vice prefeito William se assim quiserem (por isso ele faltou na sessão de quinta). Basta 11 votos para o veto cair e a lei entrar em vigor a partir da data de sua publicação, ou seja, antes de Alex assumir e sem a sanção do Carlin. Como se nenhum deles, oficialmente, colaborado para isso. Entenderam a jogada?

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