Pular para o conteúdo principal

Salão de beleza cansa a beleza!

Salão de beleza cansa a beleza da gente, só papo escroto, pelo menos hoje. O Cabeleireiro que fala que as mulheres estão se produzindo para dar pro gringo na copa, a mulher que fala que a vizinha dela faz isso mesmo, a outra fala que quem faz isso é prostituta, e porque quer, sendo que na UFMG onde ela estuda, tem vaga sobrando para quem quer ganhar a vida com dureza. A outra que comenta comigo: Pensei que você era gay, e segue, ainda bem que não é né, porque essa gente é muita estranha, não respeita as regras de Deus! Ta com queda de cabelo em?! diz o cabeleireiro avaliando minha situação. Mas também, não a cabelo que não caia nesse lugar, eu respondo! Vai querer o que? Ele diz. Algo nem curto e nem longo, nem cheio e nem raso, nem sério nem largado! Apara as pontas, tira uns três dedos e repica e vamos vê no que dá! eu respondo. Todos riem e continuam falando da vida alheia. Um pouco depois o telefone da vizinha que disse que as pessoas não querem ganhar a vida com dureza atende o telefone: Mãe, Já ta acabando vem me buscar. 180,00 reais. tá, tá. Não demora. Eu pergunto ao cabeleireiro: aqui é sempre vazio assim? Hoje está cheio! Cheio de quê? Isso eu só Imaginei. Continuei assistindo meus cabelos caindo pelo espelho, filosoficamente!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Jessé Duarte lança, Bichinho. Nova publicação artesanal

Cordel histórico sobre o único inconfidente negro a ter participado da conjuração mineira. E xemplares adquiridos antes do dia 09 de dezembro serão enviados após a noite de lançamento com dedicatória.  clique aqui para comprar É com grande prazer que anuncio mais uma publicação de minha autoria e confecção. Dando sequência a produção artesanal, no dia 09 de dezembro, realizarei o lançamento da obra, Bichinho, inspirada pela vivência e estudos sobre as histórias de uma comunidade no interior de Minas Gerais. Bichinho é um cordel com narrativa histórica sobre o único inconfidente negro a ter participado da conjuração mineira. A obra fala da trajetória de Vitoriano Veloso e da sua relação com o vilarejo conhecido como “Bichinho”. Sendo filho de escrava, alfaiate e mensageiro da inconfidência, por confrontar a colonização, ele acaba preso e recebe a pena adicional de desterro após ser açoitado em volta da forca de Tiradentes. Uma história pouco contada e quase perdida em me

Colorido só por fora: contos periféricos

Lançado em 17 de julho de 2015, na periferia de Contagem (MG). "Colorido só por fora: contos periféricos" reúne doze contos que narram o cotidiano da periferia mineira. Com uma proposta de obra interativa, a capa do livro pode ser colorida pelo leitor. Cada capa pode ser única, diferente e compartilhada no blog ou no facebook do autor. AUTOR: Jessé Duarte REVISÃO: Fabiola Munhoz ILUSTRAÇÃO: Rodrigo Marques PROJETO GRÁFICO: Gilmar Campos ORIENTAÇÃO: Filipe Fernandes EDITOR: Marcelo Dias Costa CLIQUE AQUI PARA COMPRAR ******* APRESENTAÇÃO Por Daniela Graciere Atriz, artista visual e pesquisadora cultural de Contagem (MG).  Um sentimento paradoxal me vem ao ler “Colorido-só-por- fora”. A beleza das palavras sobre algo triste da periferia, que por muitas vezes, não passa de ser a simples realidade encontrada sob uma ótica de um ator marginal. Alguns podem achar fatalista, no entanto, a fatalidade está escancarada na realidade que é pintada por

À Cidade de Contagem - Poesia

Cidade de Contagem? Quem conta essa cidade? Será mesmo uma cidade? O que se conta em contagem? O tempo do operário na produção o dinheiro desviado que não chegou na população? O que contam seus poetas cidade poluída? São loucos? Iguais trabalhadores na forja das dores na trova dos favores? Contam, que a cidade de faz de conta(gem) se perde dela mesma nas mãos de famílias e coronéis do trafico de influencias. Contam, que já não gritam nos piquetes. Silenciam a custo dos recursos do (sus)to da ameaça. Traficoronelismo das aparências mortais morais mentais. Contam, as horas nas filas dos hospitais os moradores desesperados. Desamparados desesperançados desacreditados. Que o politico disse que faria e não fez. Deixou pro próximo e o pai passou a vez. Herança maldita dos senhores do alho, do asfalto e das novas contagens que surgem da fumaça industrial. Embaçam a escravidão infantil. Oferecem abobrinhas para sanar a fome e educam com chaminés. Tir