Pular para o conteúdo principal

27 de março, dia mundial do teatro e do circo, em defesa da democracia em Contagem (MG).


Em defesa da democracia o "Cine Teatro Tony Vieira", Municipal de Contagem, continua fechado. Já faz mais de 5 anos?

Em defesa da democracia, nós temos o PC do B, partido de base nacional do PT, a frente da prefeitura da cidade para assegurar que continue assim. Sem direita, sem golpe. É a melhor forma de defender a democracia: manter um cinema, um teatro, fechado. Bem abandonado, para dar a impressão de que ali dentro não existe nada, além de um vazio completo. É a única maneira da democracia ficar bem defendida, escondida de qualquer conservador que queira massacra-la. Inacessível até aos movimentos culturais independentes. Os fins justificarão os meios.

Em defesa da democracia o Cine Teatro não tem o nome de ~Tony Vieira~, como instituído em lei, em sua fachada. Já pensou um nome assim tão cheio de historiaria relacionada a boca do lixo na porta de um teatro de Contagem? Seria muita democracia para o século XXI. Melhor defende-la de tudo e de todos sem gerar suspeitas de que naquele teatro exite uma democracia escondida. Há um medo de que ela seja encontrada pela pessoa errada.

A democracia, que está escondida por trás do abandono do "Cine Teatro Tony Vieira", é uma imagem empoeirada, com insetos caminhando sobre ela, uma cortina ruida por traças, uma ribalta sem luz. Um velha maquina de projeção quase esquecida, uma tela que não se ilumina mais. A melhor forma de proteger essa riqueza tão grande que é a democracia é mante-la num lugar de abandono. Ela estará protegida e só os governantes saberão onde ela fica, pelo menos aqui em Contagem. É mais seguro assim.

Em defesa da democracia, neste 27 de março de 2016, comemoraremos mais uma vez o dia mundial do teatro com muita festa, pois o nosso maior teatro público, está muito bem, obrigado! Vai ser até reaberto, segundo informações que tive em sonhos astrais. Mas calma, o local vai reabrir apenas no imaginário popular. Não se esqueçam, a democracia precisa ficar escondida por trás do abandono. Por isso o prédio terá uma reforma parcial para enganar o ministério público. Uma reabertura paliativa. Apenas para contemplarmos, mais uma vez, o vazio de um prédio, de um palco, de um cinema. Em pouco tempo tudo estará esquecido novamente. Pelo menso até o próximo 27 de março, a democracia poderá ficar bem escondida nas ruínas do Cine Teatro. Nós continuaremos a defende-la.

Comentários

  1. Felizmente as pessoas que assumem que realmente são contagenses, se tornam invisíveis aos olhos dos governantes. O amor e a vontade de fazer algo de bom para a cidade e para o povo que vive e trabalha na cidade, causa inveja naqueles que preverem fechar seus olhos e se beneficiar dos bens públicos através da política comprometida. Infelizmente! "Salve o Cine Teatro de Contagem Tony Vieira".

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Jessé Duarte lança, Bichinho. Nova publicação artesanal

Cordel histórico sobre o único inconfidente negro a ter participado da conjuração mineira. E xemplares adquiridos antes do dia 09 de dezembro serão enviados após a noite de lançamento com dedicatória.  clique aqui para comprar É com grande prazer que anuncio mais uma publicação de minha autoria e confecção. Dando sequência a produção artesanal, no dia 09 de dezembro, realizarei o lançamento da obra, Bichinho, inspirada pela vivência e estudos sobre as histórias de uma comunidade no interior de Minas Gerais. Bichinho é um cordel com narrativa histórica sobre o único inconfidente negro a ter participado da conjuração mineira. A obra fala da trajetória de Vitoriano Veloso e da sua relação com o vilarejo conhecido como “Bichinho”. Sendo filho de escrava, alfaiate e mensageiro da inconfidência, por confrontar a colonização, ele acaba preso e recebe a pena adicional de desterro após ser açoitado em volta da forca de Tiradentes. Uma história pouco contada e quase perdida em me

Colorido só por fora: contos periféricos

Lançado em 17 de julho de 2015, na periferia de Contagem (MG). "Colorido só por fora: contos periféricos" reúne doze contos que narram o cotidiano da periferia mineira. Com uma proposta de obra interativa, a capa do livro pode ser colorida pelo leitor. Cada capa pode ser única, diferente e compartilhada no blog ou no facebook do autor. AUTOR: Jessé Duarte REVISÃO: Fabiola Munhoz ILUSTRAÇÃO: Rodrigo Marques PROJETO GRÁFICO: Gilmar Campos ORIENTAÇÃO: Filipe Fernandes EDITOR: Marcelo Dias Costa CLIQUE AQUI PARA COMPRAR ******* APRESENTAÇÃO Por Daniela Graciere Atriz, artista visual e pesquisadora cultural de Contagem (MG).  Um sentimento paradoxal me vem ao ler “Colorido-só-por- fora”. A beleza das palavras sobre algo triste da periferia, que por muitas vezes, não passa de ser a simples realidade encontrada sob uma ótica de um ator marginal. Alguns podem achar fatalista, no entanto, a fatalidade está escancarada na realidade que é pintada por

À Cidade de Contagem - Poesia

Cidade de Contagem? Quem conta essa cidade? Será mesmo uma cidade? O que se conta em contagem? O tempo do operário na produção o dinheiro desviado que não chegou na população? O que contam seus poetas cidade poluída? São loucos? Iguais trabalhadores na forja das dores na trova dos favores? Contam, que a cidade de faz de conta(gem) se perde dela mesma nas mãos de famílias e coronéis do trafico de influencias. Contam, que já não gritam nos piquetes. Silenciam a custo dos recursos do (sus)to da ameaça. Traficoronelismo das aparências mortais morais mentais. Contam, as horas nas filas dos hospitais os moradores desesperados. Desamparados desesperançados desacreditados. Que o politico disse que faria e não fez. Deixou pro próximo e o pai passou a vez. Herança maldita dos senhores do alho, do asfalto e das novas contagens que surgem da fumaça industrial. Embaçam a escravidão infantil. Oferecem abobrinhas para sanar a fome e educam com chaminés. Tir