Não temos sombra, tivemos que vender. Só o trabalho não dava pão pra tanta boca. Tanta fome! Perdemos tudo um pouco por dia e a vida se vai em tempo que é dinheiro. Não resta nenhum rastro de memória do que vivemos ou plantamos no mundo. Para muitos, a vida tem sido assim. Para uns poucos, o frescor de nossas sombras, a segurança de que não poderemos encontrar o rumo de um outro mundo, sem lembrar quem somos e nem do que mudamos produzindo o ontem. E assim, nosso trabalho se perde. Sem sentido.O sol a pino arde e sem nenhuma sombra, bebemos a água que pagamos para repor o suor que derramamos. Espremidos pelo tempo alienado, a vida escorre pelas nossas mãos.
Lançado em 17 de julho de 2015, na periferia de Contagem (MG). "Colorido só por fora: contos periféricos" reúne doze contos que narram o cotidiano da periferia mineira. Com uma proposta de obra interativa, a capa do livro pode ser colorida pelo leitor. Cada capa pode ser única, diferente e compartilhada no blog ou no facebook do autor. AUTOR: Jessé Duarte REVISÃO: Fabiola Munhoz ILUSTRAÇÃO: Rodrigo Marques PROJETO GRÁFICO: Gilmar Campos ORIENTAÇÃO: Filipe Fernandes EDITOR: Marcelo Dias Costa CLIQUE AQUI PARA COMPRAR ******* APRESENTAÇÃO Por Daniela Graciere Atriz, artista visual e pesquisadora cultural de Contagem (MG). Um sentimento paradoxal me vem ao ler “Colorido-só-por- fora”. A beleza das palavras sobre algo triste da periferia, que por muitas vezes, não passa de ser a simples realidade encontrada sob uma ótica de um ator marginal. Alguns podem achar fatalista, no entanto, a fatalidade está escancarada na realidade que é pintada por...
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