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Mostrando postagens de maio, 2014

Hamelet por Berliner Ensemble

Foto de Lucie Jansch http://www.berliner-ensemble.de/repertoire/titel/95/hamletbr-smallprinz-von-daenemarksmall Ontem vivenciei a montagem de Hamelet do  Berliner Ensemble , dirigida por Leander Haussmann, no Grande teatro Palácio das Artes (Belo Horizonte). Fundada por Bertolt Brecht em 1948, o grupo se mantem firme até hoje. Mais de três horas de espetáculo, onde podia-se ver uma encenação que levou em consideração o mundo atual com suas contradições sociais e politicas. O violência conidiana, expressa em banhos de sangue, estava presente em cenas extremante dialéticas o tempo todo. Os atores e atrizes pareciam ter controle da cada gesto , de cada movimento no palco, como se buscassem dar um sentido para cada ação. A pergunta de Hamlet, “ser ou não ser, eis a questão”, tem uma leitura extremamente materialista, levando em consideração a totalidade da peça e do mundo. Steffen Sünkel Dramaturgo do Berliner Ensemble deixa claro os pressupostos da obra de Brecht e do te

Sobre o processo de mercantilização da cultura e a função social do artista.

Espetáculo Cabeça de Porco Montagem coletiva entre Cia. Crônica, Trama e Cóccix  A cultura é um direito social, é por tanto, responsabilidade do estado.  O artista ao ser visto sob uma ótica de  empreendedor produz e  caminha sem saber, de mãos dadas com a mercantilização de um serviço público.  Da mesma forma que vemos como ne gativas as práticas tornam a saúde por exemplo, uma mercadoria acessível através de planos que sustentam um mercado perverso, precisamos entender a função do artista num estado que não cumpre seu dever com a cultura.  O artista é na realidade, um trabalhador que exerce uma função social muitas vezes sem nenhum apoio ou reconhecimento do estado. No fim, ele é marginalizado, trabalha de graça e criando ilusões de obter sucesso num mercado de exceções. Se aliena questionando a ausência de publico/consumidores de arte, quando deveria questionar a ausência do estado se faz omisso e mantém um mercado de especulação do dinheiro publico através de leis de

Proibido ter gente na praça

A cada dia que passa vejo e vivencio em Contagem, situações que extravasam os limites das altitudes toscas. Nesta sexta, após a primeira exibição do Cine Sem Churumelas vários amigos que se encontraram resolveram fazer uma fogueira e ficar por ali para aproveitar a noite fria e o clima agradável da Praça das Jabuticabas. Estava eu lá com meus amigos, quando chega a Guarda Municipal, que acionada por uma senhora que mora em frente a praça, não sabia nem o que argumentar. Segundo eles, a senhora estaria se sentindo incomodada com a presença das pessoas na praça por já passar das 2 horas da madrugada, o detalhe é que eram apenas 23:30. Uma roda de conversa e os guardas sem saber o que falar. Não havia barulho, não havia som, não havia uso de drogas, só pessoas sentadas na praça se esquentando numa fogueira e ao lado do posto da guarda municipal. Depois descobrimos por vizinhos que estavam ali também, que essa senhora reclama da própria guarda que tem uma banda com ensaios que acontecem v